Economistas dizem que yuan chinês está pronto para ser 'peso-pesado' global

Os fluxos monetários do yuan crescerão em longo prazo se Pequim continuar abrindo gradualmente seu sistema financeiro, fazendo com que a moeda cresça ainda mais no mercado global, dizem economistas.
Sputnik

Devido à permissão chinesa de entrada de capital estrangeiro no país, através da abertura financeira seletiva, além de seguir o comércio da iniciativa "Um Cinturão, Uma Rota", a moeda chinesa se tornará mais importante globalmente, afirmou Chi Lo, economista da BNP Paribas Asset Management em Hong Kong.

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"Se você olhar nessa direção, não há como o yuan ser uma moeda fraca, caso contrário as pessoas não o aceitarão e não poderá ser uma moeda global se for uma moeda fraca em longo prazo", disse Lo à CNBC na segunda-feira (3).

Segundo o relatório mensal do sistema global de transferências financeiras, SWIFT, a moeda chinesa foi a sexta moeda mais usada em pagamentos domésticos e internacionais em outubro.

O principal fator que afeta o yuan, de acordo com o banco HSBC, é a concentração dos mercados na guerra comercial entre China e EUA. No entanto, a abertura dos mercados financeiros chineses é "provavelmente a influência mais importante e duradoura" sobre a moeda, afirmou o banco, adicionando que o a moeda "será cada vez mais impulsionada pelos fluxos de contas de capital, e não apenas pelos fluxos relacionados ao comércio".

O banco espera uma mudança significativa à medida que a China abrir mais as portas: "Acreditamos que este seja apenas o começo de uma tendência plurianual para o reequilíbrio da carteira de investimentos em uma dimensão global."

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O economista Lo acredita que o processo da política de "reforma e abertura" tenha sido rigoroso e gradualmente controlado, sendo provável que continue assim. Ele classifica a abertura da China como "assimétrica", significando que permite mais a entrada de capital, do que a saída.

Os acordos de transições monetárias, que o Banco Popular da China alcançou com outros bancos centrais, podem ser vistos como parte dos "esforços da China para melhorar e aumentar a aceitação da internacionalização do yuan", disse Qinwei Wang, economista sênior da Amundi Asset Management.

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