"De qualquer forma, nós consideraríamos a mudança, digamos, um grande erro", disse Peskov a repórteres.
Ele também observou que os Estados Unidos ainda não haviam notificado a Rússia sobre a retirada, acrescentando que, caso a retirada ocorresse, a Rússia não teria que tomar medidas similares para terminar o tratado.
Quando convidado a comentar a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a possibilidade de negociações com os russos e chineses sobre a suspensão da corrida armamentista, Peskov disse que Moscou acolherá ações reais de Washington nesse sentido.
O Tratado INF foi assinado pela União Soviética e pelos Estados Unidos em 1987 e proibiu qualquer país de possuir, produzir ou testar mísseis balísticos e de cruzeiro lançados do solo com um alcance entre 500 e 5.500 km. O texto tinha como objetivo principal reduzir a ameaça de guerra nuclear na Europa.
Autoridades russas têm reafirmado o caráter perigoso que uma possível retirada americana do tratado poderia ter. Moscou advertiu que um movimento do tipo poderia arrastar "regiões inteiras do mundo para uma corrida armamentista", acrescentando que a Rússia está preparada para esclarecer e resolver problemas que os Estados Unidos tenham com o tratado.