Rússia controla Trump? Porta-voz de Putin chama ideia de 'bobagem' e 'caça às bruxas'

As alegações de que a Rússia tem alguma influência sobre Donald Trump são absurdas, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Ele acrescentou que Moscou na verdade se esforça para prever as ações da administração dos EUA, o que complica os laços.
Sputnik

A investigação conhecida como "Russiagate" é "uma verdadeira caça às bruxas" e essas bruxas "não existem", disse o porta-voz do presidente russo Vladimir Putin ao se encontrar com estudantes da Universidade MGIMO, em Moscou.

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"É claro que é um absurdo [a ideia] que a Rússia tenha alguma influência sobre Trump", declarou Peskov, ampliando as acusações russas de conluio contra o presidente norte-americano.

Pelo contrário, Moscou tem alguns problemas reais na previsão dos movimentos erráticos da administração Trump, admitiu Peskov.

"Pode-se dizer que certa imprevisibilidade nas ações da atual administração [dos EUA] é óbvia e complica seriamente as relações entre Moscou e Washington", reclamou.

O exemplo mais recente de tal comportamento foi a repentina decisão do lado norte-americano de cancelar o tão aguardado encontro entre Trump e Putin, que deveria acontecer na cúpula do G20 em Buenos Aires, na Argentina.

De acordo com Peskov, a Rússia está interessada em construir laços com os EUA com base na "reciprocidade", mas muitas vezes não é o que os americanos querem.

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"Quando a Rússia começou […] promovendo a ideia de um mundo multipolar, um número crescente de pessoas não gostou disso", comentou ele aos estudantes, acrescentando que esse é o motivo do contínuo "choque de paradigmas" na arena internacional.

Falando sobre o mais recente escândalo da Russiagate com foco no advogado Michael Cohen, Peskov disse que o Kremlin recebeu uma carta de Cohen sobre a possível construção da Torre Trump em Moscou, mas respondeu que "não constrói casas" e sugeriu que ele falsificasse vínculos em fóruns econômicos. Qualquer comunicação com o advogado cessou após essa troca, ele disse.

Na semana passada, Cohen se declarou culpado de fazer declarações falsas ao Congresso, relacionadas ao projeto russo de 2016 arquivado pelo então candidato presidencial dos EUA, Trump.

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