Presidente do Equador negocia com britânicos a saída de Assange da embaixada em Londres

O presidente do Equador, Lenín Moreno, disse nesta quinta-feira (6) que seu governo está mantendo conversações com o Reino Unido para que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, possa deixar a embaixada equatoriana em Londres sem perigo à sua vida ou de ser extraditado para um país com pena de morte.
Sputnik

"Estamos conversando com o governo britânico — que é com quem deveríamos conversar desde o começo — pedindo que nos garantam o que queremos: respeito pela vida do senhor Assange, que sua vida seja garantida, que ele não seja extraditado a qualquer país em que sua vida esteja em perigo ou haja pena de morte ", afirmou Moreno em coletiva de imprensa.

Moreno acrescentou que o Reino Unido enviou uma comunicação oficial na qual afirma que sua Constituição impede que uma pessoa seja extraditada para um lugar onde sua vida corra perigo.

"Foi aberto o caminho para Assange tomar a decisão de sair para uma quase liberdade, porque ele não se apresentou aos tribunais britânicos e tem que pagar uma pena não longa por isso".

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Moreno afirmou ter repassado os detalhes do diálogo com as autoridades britânicas ao escritório jurídico de Assange, que está estudando o assunto. 

Moreno disse ser público que não gosta da presença de Assange na Embaixada do Equador em Londres, no entanto seu governo respeitou os direitos humanos do fundador do WikiLeaks.

O presidente do Equador afirmou que 6 anos é tempo demais para uma pessoa permanecer quase encarcerada em uma embaixada, independentemente de o tratamento que recebeu ser muito bom.

A permanência de Assange custa ao Equador quase um milhão de dólares, disse Moreno.

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