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'Americanos reagirão de modo agressivo': analista comenta novos acordos russo-venezuelanos

Os presidentes russo e venezuelano tiveram em 5 de dezembro uma reunião em Moscou na qual assinaram vários acordos. Entre eles, um contrato de investimentos garantidos de mais de $5 bilhões no setor de petróleo venezuelano. O cientista político Maksim Zharov comenta os objetivos dos investimentos russos e a possível reação dos EUA aos acordos.
Sputnik

Entre outros contratos mencionados pelo líder venezuelano, está um investimento garantido de mais de US$ 1 bilhão no setor de mineração, em primeiro lugar na área da exploração de ouro, e um contrato de fornecimento de 600.000 toneladas de trigo para a Venezuela.

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Para o cientista político Maksim Zharov, as informações sobre os acordos firmados mostram que a Venezuela é um país importante para a Rússia na América Latina, de forma a manter a estabilidade estratégica na região e no mundo.

Apesar de ser acusada de expansão, Moscou demonstra com estes investimentos seu interesse em desenvolver, sim, uma cooperação mutuamente vantajosa não apenas com os países da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) mas também com outras regiões, ressaltou Zharov. 

Explicando o objetivo do investimento de $5 bilhões no setor de petróleo venezuelano, o analista apontou para as oscilações no mercado mundial de petróleo e para os preços instáveis deste combustível. A Venezuela é um dos jogadores-chave neste mercado e, cooperando com o país latino-americano nesta área, Moscou visa preservar a estabilidade estratégica acima citada.

"A estabilidade estratégica não é apenas a questão da dissuasão nuclear, mas da estabilização do mercado mundial de petróleo. Os investimentos na Venezuela têm por objetivo manter a estabilidade deste mercado, o que é muito importante para a Rússia", comentou Zharov em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.

Reação dos EUA

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Promissores para Moscou e Caracas, os acordos não deverão agradar aos Estados Unidos, acredita o analista.

"Os norte-americanos obviamente reagirão de modo brusco, agressivo. Eles vão tentar obrigar o presidente Maduro a desistir dos contratos, vão tentar afastar o presidente Maduro, como eles têm feito em diversos países, incluindo na América Latina", opinou Zharov.

Como exemplo, o especialista citou a situação atual na Argentina e no Brasil, "onde a situação está bastante instável".

Resumindo, Zharov sublinhou que Washington irá sem dúvida se opor aos acordos, mas, como os EUA possuem muitos problemas no momento, é possível que seus passos não deem certo.

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