Ao comentar o envio porta-aviões USS John C. Stennis para a região do Oriente Médio, o ex-oficial completou afirmando que "os porta-aviões sempre são deslocados para onde houver qualquer possibilidade de conflito".
"Isso é uma demonstração de força para antecipar qualquer ação agressiva do Irã, particularmente se eles tentarem interferir no tráfego no estreito de Ormuz, como ameaçaram", disse Giraldi.
Devido às sanções americanas, Teerã ameaçou várias vezes bloquear o estreito de Ormuz.
Em maio, Washington se retirou do acordo nuclear iraniano, ou Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA), e aplicou sanções contra a República Islâmica.
No início de dezembro, a agência Tasnim News informou que o destroier iraniano Sahand, munido com mísseis, havia se juntado à Marinha iraniana no golfo Pérsico. No dia 4 do mesmo mês, o presidente iraniano Hassan Rouhani sinalizou novamente a prontidão de bloquear o estreito de Ormuz (faixa marítima mais movimentada do mundo para embarques de petróleo), se Trump interromper o comércio de petróleo da República Islâmica.
"Se o Irã tentar interferir no tráfego ou até mesmo bloquear o estreito, haverá uma resposta dos EUA e seus aliados árabes no Golfo […] Se a situação piorar, acredito que irão atingir um alvo militar da Guarda Revolucionária [do Irã]. A situação poderia facilmente escalar a partir daí", enfatizou Giraldi.
Anteriormente, Washington havia aplicado mais uma rodada de sanções contra Teerã, atingindo particularmente o setor petrolífero do país. Porém, para evitar o aumento dos preços do petróleo, a Casa Branca concedeu isenções a oito países.
Além disso, as alegações e notícias levantadas pelos EUA sobre o programa de mísseis iraniano podem prejudicar os membros da União Europeia, que demonstram compromisso com o JCPOA.
Para o ex-oficial da inteligência, "Pompeo se concentra nos mísseis porque sabe que, caso contrário, o Irã está em total conformidade com o JCPOA e todos os outros acordos internacionais".