Analista: tendência nos EUA é evitar quaisquer contatos com a Rússia, até no Ártico

A Guarda Costeira dos EUA poderia ter desistido dos exercícios de liberdade de navegação no Ártico por receio de que seu único quebra-gelo pudesse enguiçar, relata o Business Insider.
Sputnik

O jornal observa que os norte-americanos não estariam dispostos a pedir ajuda aos russos se acontecesse alguma avaria em seu navio. 

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Segundo a publicação, os EUA possuem dois quebra-gelos, mas apenas um da classe pesada pode ser enviado para o Ártico ou Antártica – o Polar Star. Esse navio está quase no fim do prazo de vida útil depois de mais de 40 anos em serviço. Por esse motivo, conforme o portal, o ex-comandante da Guarda Costeira norte-americana, Paul Zukunft, aconselhou a não participar dos exercícios.

"Eu não posso garantir que ele não terá falhas técnicas catastróficas durante o exercício de liberdade de navegação, então eu teria que recorrer à Rússia para ser rebocado para um lugar seguro. Não é a hora para se fazer isso", alertou Zukunft.

A publicação observa que os EUA estão enfrentando problemas na exploração do Ártico devido à falta de quebra-gelos, o que se nota especialmente em comparação com a Rússia.

O cientista político Yevgeny Ben comentou o tema, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.

"Na mente dos norte-americanos tudo o que é relacionado com a Rússia é logo um obstáculo imprevisível. Hoje, a situação social e política interna nos EUA é tal que a cooperação com a Rússia em qualquer esfera é quase impossível. A tendência dos políticos é ignorar qualquer tipo de relação com Moscou", disse.

"Por isso, a tendência dominante agora é evitar contatos, porque aqueles que iniciarem esses contatos serão acusados de qualquer coisa. E essa tendência pode durar muito tempo — eu acho que cerca de seis meses", concluiu o analista.

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