Segundo relatório oficial do governo americano, a Marinha está comprando navios e aviões sem condições de mantê-los, principalmente pelo fato de que a Marinha pretende elevar sua frota em 25%, o que, certamente, trará grandes desafios para o governo.
Outros problemas que devem ser resolvidos estão ligados ao treinamento, atrasos na manutenção, excesso de trabalho dos marinheiros, orçamento irreal, envelhecimento das aeronaves, baixo efetivo e o caça F-35, segundo a revista The National Interest.
Além disso, os atrasos na manutenção também contam, já que entre 2012 e 2018 apenas 30% das manutenções foram concluídas, incluindo a manutenção de submarinos de ataque. Isso devido à capacidade insuficiente dos estaleiros, bem como do efetivo operacional da Marinha.
O baixo efetivo ainda causa o excesso de trabalho entre os marinhos, o que provoca uma queda de rendimento durante as operações, já que muito deles podem estar debilitados pelo cansaço.
O relatório também ressalta o orçamento irreal da Marinha que deseja elevar a frota em até 25%, planejando comprar 301 novos navios até 2048, assim como estender a vida dos antigos destróieres e submarinos. Hoje, o custo do plano de expansão seria de US$ 631 bilhões (R$ 2,4 trilhões), entretanto, estima-se que o custo daqui a 30 anos seja de US$ 801 bilhões (R$ 3,1 trilhões), ou seja, o orçamento será 27% maior.
Mantendo o foco na aviação, a Marinha sofre com o baixo número de pilotos, gerando um excesso na carga de trabalho do atual efetivo operacional. Além disso, o relatório conclui que o caça F-35 também é um problema que deve ser corrigido, pois parte dos novos caças norte-americanos não estão capacitados para missões reais, mais precisamente, apenas 15% dos F-35 estão aptos para realizar missões reais.