Tirando tropas da Síria, EUA pretendem passar responsabilidade para aliados, diz Lavrov

Forças dos EUA na Síria (foto de arquivo)
Washington quer passar responsabilidade para parceiros da coalizão de luta contra o grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e em vários outros países) e para aliados no Oriente médio, declarou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, comentando a retirada das tropas dos EUA da Síria.
Sputnik

"Parece que Washington quer passar a responsabilidade para seus parceiros da coalizão. Nas operações terrestres são os militares franceses, britânicos e alemães que estão lá ilegalmente, mas há também as forças aéreas militares da coalizão. Há, como disseram, aliados da região aos quais os EUA querem passar a carga financeira adicional", ressaltou Lavrov em coletiva de imprensa depois de negociações com o homólogo jordaniano Ayman Safadi.

Além disso, o chanceler russo espera receber explicações dos EUA sobre o que eles querem na Síria, levando em conta que o objetivo final da luta contra o terrorismo na Síria, que foi proclamado também como meta da coalizão internacional liderada pelos EUA, é restabelecer a soberania e integridade territorial da Síria.

A ministra alemã da Defesa, Ursula von der Leyen, conversa com militares alemães durante uma visita à base aérea de Incirlik, onde tropas alemãs estavam instaladas, em 21 de janeiro de 2016
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A situação ao redor da retirada das tropas americanas da Síria será discutida com a delegação turca em 29 de dezembro em Moscou, comentou Lavrov.

Em 19 de dezembro, a Casa Branca anunciou retirada de 2.000 soldados da Síria, que duraria entre 60 e 100 dias. Trump decidiu tirar forças americanas do país árabe por afirmar ter derrotado o Daesh. A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse que os EUA já iniciaram a retirada das tropas do país, mas que a vitória sobre o Daesh não significava o fim da coalizão internacional na Síria.

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