"A Ucrânia, com um baixo crescimento econômico, não pode se permitir uma guerra. Os países pobres não vencem guerras", disse Voloshin durante um talk show político no canal NewsOne, adicionando que os políticos ucranianos enfrentam agora a tarefa de garantir a paz no país.
O especialista em assuntos internacionais também recordou os incêndios e explosões em depósitos de munições na Ucrânia.
"Estamos orgulhosos por os americanos alocarem US$ 300 milhões [R$ 1,1 bilhão] para ajuda militar, e agora temos um bilhão de bombas explodidas. Como defensor da paz, considero que quanto menos munições tivermos, menor será o desejo de gritar", acrescentou o analista.
Mais US$ 10 milhões [R$ 38 milhões] foram alocados à Marinha ucraniana para assistência adicional após o incidente no Estreito de Kerch, em que navios ucranianos foram detidos em novembro por cruzarem ilegalmente a fronteira russa.
Devido a isso, Moscou alertou várias vezes sobre o fornecimento de armas a Kiev, pois isso causará um aumento de tensões em Donbass. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que as entregas de armamentos à Ucrânia não contribuirão para um acordo na região ou para a implementação dos acordos de Minsk.
Nos últimos três anos, ocorreram diversos incêndios em depósitos militares da Ucrânia. Em 3 de março de 2017, teve lugar um incêndio no armazém de munições da cidade de Balakliya, região de Kharkiv, enquanto em maio deste ano, o mesmo aconteceu duas vezes em uma área de arsenais, causando inúmeras explosões.
No dia 9 de outubro, ocorreu mais uma explosão em um depósito militar em Ichnya, na região de Chernihiv, onde estavam em estoque 69,5 mil toneladas de munições, das quais 43 mil toneladas estavam prontas para combate.