Parceria Transpacífico é um acordo de livre comércio estabelecido entre doze países banhados pelo Oceano Pacífico com objetivos de promover o crescimento econômico, apoiar a criação e manutenção de postos de trabalho, reforçar a inovação e produtividade e elevar os padrões de vida. Porém, em janeiro de 2017 o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto determinando a retirada do país do acordo.
"O maior dano para os EUA, provavelmente, será estratégico. Muitos adeptos do TPP promoveram [o acordo] como um método para conter o poderio crescente da China na região, ligando as economias regionais com os EUA e seus aliados, bem como contribuindo para o afastamento desses países da China", sublinhou o especialista.
Apesar do efeito geralmente positivo do acordo, o formato não é uma panaceia. Ele pode influir negativamente em certos setores das economias dos países do TPP, por exemplo, na agricultura no Japão, sublinhou Brown.
No âmbito do TPP, o Japão será obrigado a levantar algumas restrições comerciais, que por muito tempo ajudaram a manter os preços altos no setor agrícola. Os produtores japoneses terão de concorrer com as mercadorias baratas importadas, declarou Brown.
Apesar disso, em geral o acordo traz vantagens para o Japão, sublinhou ele. No mercado interno japonês se espera uma diminuição da demanda por causa da redução da população. As companhias japonesas se tornarão mais dependentes das suas exportações, mas o TPP lhes concederá acesso aos países emergentes da região, segundo o analista. Mais uma vantagem para Tóquio é representada pela ausência nessa parceria da China, que é "uma ameaça estratégica para o Japão".