Mídia: China constrói antena comparada a Nova York para comunicação com submarinos (FOTO)

A China completou a construção de uma antena gigante para frequências extremamente baixas (ELF), comparada em sua escala ao território de Nova York. Apesar de o sistema ter sido criado para previsão de terramotos e prospecção, vários analistas suspeitam ter uma função militar.
Sputnik

De acordo com a edição The Drive, o projeto começou na China em 2006. Além de uma antena gigante na região de Huazhong, em vários locais do país surgiram centros de entrega e processamento de dados. Dado que as ondas de frequência extremamente baixa penetram profundamente no solo, os dados de antenas ELF podem ser utilizados para prospecção principalmente de hidrocarbonetos e metais raros. Além disso, o ELF é usado para controlar movimentos debaixo da crosta terrestre, ajudando na previsão de terremotos. 

Esquema de posicionamento de objetos da rede chinesa de frequências extremamente baixas. A foto é do South China Morning Post

Porém, segundo indicou o portal, as ondas extremamente baixas podem penetrar não somente no solo, mas também na água. Esta característica as tornou um meio popular de comunicação com submarinos, sendo a única forma de manter a comunicação sem subir à superfície. 

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O The Drive destacou que a construção da antena chinesa foi dirigida pelo 724 Instituto de Pesquisa Científica, que faz parte da empresa de construção naval estatal. O instituto é um grande fornecedor de aparelhos de comunicação e outro equipamento eletrônico para a Marinha chinesa. Um dos componentes do sistema está situado no mar do sul da China, ao lado da ilha de Hainan, onde fica a maior base das forças submarinas do gigante asiático. 

"O projeto terá uma grande importância caso haja uma guerra", comentou à edição Chen Xiaobin, funcionário do Instituto de Geologia.

Vale ressaltar que a China possui a maior frota submarina do mundo, composta por 84 submarinos diesel-elétricos e nucleares. Em novembro de 2018, o submarino Type 094 Jin efetuou um lançamento de teste de um míssil balístico de nova geração JL-3, capaz de atingir alvos na parte continental dos EUA. De acordo com os dados da inteligência norte-americana, a China possui em serviço quatro submarinos nucleares do tipo Jin, tendo ao mínimo dois outros em construção.

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