Tribunal Federal dos EUA desautoriza questões sobre cidadania no Censo 2020

Um tribunal federal dos Estados Unidos rejeitou os planos do governo Trump para incluir uma questão de cidadania no censo de 2020.
Sputnik

O Escritório do Censo, sob a supervisão do secretário de Comércio, Wilbur Ross, incluiu a questão nos formulários do recenseamento de 2020, mas em uma decisão judicial de 277 páginas, o juiz Jesse Furman disse que Ross não seguiu os procedimentos apropriados. Para o magistrado, o Ross "não justificou desvios significativos das políticas e práticas do passado".

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A American Civil Liberties Union (ACLU), que entrou com a ação para bloquear a ação do governo Trump, saudou a decisão de Furman.

"Esta decisão é uma repreensão vigorosa da tentativa do governo Trump de mobilizar o censo para um ataque às comunidades imigrantes", disse o diretor do Projeto de Direitos de Votação da ACLU, Dale Ho, em um comunicado à imprensa.

Em junho, a ACLU moveu a ação no Tribunal Distrital dos EUA para o estado de Nova York em nome de uma coalizão de grupos de direitos dos imigrantes, alegando que a questão do censo cria um inquérito federal de porta em porta sobre o status de cidadania de cada membro em todos os lares do país.

A Constituição dos EUA exige um censo a cada 10 anos para contar todas as pessoas nos Estados Unidos, incluindo cidadãos e não-cidadãos. O censo é usado para alocar fundos para vários programas federais e repartir a representação no Congresso, no Colégio Eleitoral e nas legislaturas estaduais.

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