Expansão da OTAN na Europa é uma 'relíquia da Guerra Fria', diz Putin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse em entrevista à imprensa sérvia publicada nesta quarta-feira (horário local) que a Rússia não quer uma nova corrida armamentista.
Sputnik

"Não vamos fechar os olhos ao desdobramento de mísseis de cruzeiro dos EUA [na Europa] e sua ameaça direta à nossa segurança. Teremos que tomar medidas eficazes de retaliação. Mas como país responsável e sensato, a Rússia não está interessada em uma nova corrida armamentista", afirmou.

Segundo o presidente russo, Moscou enviou em dezembro a Washington algumas propostas sobre a manutenção do Tratado INF. Além disso, Putin destacou que a Rússia está pronta para um diálogo sério com os Estados Unidos sobre toda a agenda estratégica.

No entanto, os Estados Unidos parecem ter uma política de "desmantelamento" em relação ao controle global de armas, acrescentou o presidente russo.

Durante a entrevista aos meios de comunicação sérvios, Putin também instou os parceiros ocidentais a estabelecer um diálogo baseado nos princípios do direito internacional. Segundo Putin, essa é a chave para manter intacta a paz global e a estabilidade regional.

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Putin também enfatizou que a expansão da OTAN na Europa é uma estratégia destrutiva, acrescentando que essa política é "uma relíquia da Guerra Fria". Segundo o presidente, a Aliança está atualmente tentando fortalecer sua posição nos Bálcãs.

Putin falou com os jornais sérvios antes de sua viagem ao país dos Bálcãs. Ele disse que a decisão da Sérvia de se aproximar da União Europeia não impediria a "cooperação multifacetada" entre Moscou e Belgrado.

"Nós respeitamos a decisão do governo sérvio de aderir à UE e, ao contrário dos parceiros ocidentais, não estamos forçando Belgrado a escolher entre a Rússia e a UE", ponderou.

"Temos fornecido [a Sérvia] equipamentos e armas militares e auxiliando na sua manutenção… Continuaremos desenvolvendo esta cooperação técnico-militar", prometeu o presidente russo.

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