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Dupla de bolivianos ajudou Cesare Battisti em sua fuga para a Bolívia

O militante de esquerda italiano Cesare Battisti, entregue pela Bolívia às autoridades italianas, recebeu a ajuda de dois bolivianos depois de fugir do Brasil.
Sputnik

Battisti, que era procurado na Itália por ser condenado por envolvimento em assassinatos há três décadas, ficou em um hotel humilde onde pagou US$ 20 por noite e passou a maior parte do dia sozinho. Os bolivianos iriam buscá-lo para o almoço e jantar, disse o proprietário do alojamento, Enrique Peralta, à emissora de televisão local Unitel.

O italiano, de 64 anos, se fez passar por um empresário que havia perdido sua documentação e registrado com carteira de identidade de um boliviano, contou Peralta.

"Ele me disse que ele estava vindo para fazer negócios em construção com o governo", explicou.

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O comandante da polícia em Santa Cruz, Adolfo Siles, informou que um dos bolivianos que ajudou o italiano é acusado de uma série de fraudes e que até agora ele não pôde ser capturado porque "ele fugiu minutos depois da prisão do Sr. Battisti".

Battisti, condenado à prisão perpétua por homicídio, foi capturado no sábado em Santa Cruz e em menos de 24 horas entregue às autoridades italianas, o que rendeu uma onda de críticas ao presidente Evo Morales de seu próprio partido político. Apelando que Morales é um governo de esquerda, Battisti pediu refúgio em 21 de dezembro, mas quatro dias depois o pedido foi rejeitado.

O ex-ministro do governo Hugo Moldiz declarou que os "direitos de Cesare Battisti foram violados no momento da entrega e que o custo político para o governo boliviano será alto".

O miliciano viveu no Brasil e na França durante anos e desfrutou da proteção dos governos esquerdistas de ambos os lados do Atlântico, para desalento de sucessivos governantes italianos. Mas o agora ex-presidente do Brasil, Michel Temer, assinou um decreto no mês passado que ordenou sua extradição, o que teria causado a sua fuga para a Bolívia.

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