Mídia americana aponta que arma da Rússia é mais mortífera que a nuclear

Os mísseis russos com ogivas convencionais são mais mortíferos do que as armas nucleares, e os EUA estão fazendo um grande erro ao sair do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), de acordo com a edição Foreign Policy.
Sputnik

Segundo a matéria, a saída do tratado pode ser fatal para Washington. Assim, Moscou não precisa incrementar seu potencial nuclear, contudo, o rompimento do tratado lhe permitirá posicionar novos mísseis de baseamento terrestre dotados de ogivas convencionais.

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A revista escreveu que no momento da assinatura do INF as partes não tomaram em conta que o tratado proibiria também os mísseis com ogivas não nucleares, considerados como secundários após seus análogos nucleares.

Porém, vários entenderam o potencial que uma arma convencional de alta precisão pode ter. Em conexão com isso, a edição recordou as palavras de Nikolai Ogarkov, então chefe de Estado-Maior das Forças Armadas da URSS, em 1984. Segundo ele, os mísseis de alta precisão com alcance acrescido poderiam aumentar drasticamente as capacidades destrutivas das armas convencionais, o que as aproximaria das nucleares em termos de eficácia.

Além disso, a Foreign Policy frisou que a OTAN utiliza um grande leque de mísseis de cruzeiro que também estão limitados pelo INF. A colocação deste tipo de arma em navios, submarinos e aviões militares foi uma forma de escapar ao tratado.

Por sua vez, para a Rússia a única maneira de responder à ameaça do Ocidente é o desenvolvimento de mísseis não nucleares de baseamento terrestre mais mortíferos. Segundo a edição, Moscou dispõe dessas tecnologias, enquanto a saída de Washington permitiria concretizá-las.

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O Tratado INF é um acordo firmado entre a URSS e os EUA em 1987. As partes comprometeram-se a destruir todos os sistemas de mísseis balísticos e de cruzeiro de baseamento terrestre de alcance médio (de 1.000 a 5.500 km) e curto (500-1.000 km), bem como a não os produzir, testar ou implantar no futuro.

Nos últimos anos, Moscou e Washington têm se acusado mutuamente de violar o INF. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse em 4 de dezembro de 2018 que a Rússia tinha 60 dias para “retornar ao cumprimento” do INF. Ele acrescentou que, se isso não acontecer, Washington suspenderá suas obrigações previstas pelo tratado. Segundo os EUA, o país pode sair do tratado já em 2 de fevereiro.

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