A organização ELN manifestou através de um comunicado, emitido desde Havana, que o ataque terrorista foi uma resposta às atividades militares realizadas pelo governo colombiano chefiado por Iván Duque, durante o cessar-fogo unilateral que a guerrilha anunciou no Natal e fim de ano.
Segundo o comunicado, o presidente "não deu a dimensão necessária ao gesto de paz" da guerrilha. "A sua resposta foi realizar um ataque militar contra nós, em todo o território nacional. No entanto, cumprimos rigorosamente o cessar-fogo unilateral de operações ofensivas de 23 de dezembro de 2018 a 2 de janeiro de 2019", afirma o documento.
"As Forças Armadas governamentais aproveitaram esse cessar-fogo para avançar as posições das suas tropas, ganhando povoações favoráveis, difíceis de conseguir sem o cessar-fogo", sublinhou a publicação.
A organização guerrilheira qualificou o atentado em Bogotá como uma "operação lícita" dentro do direito de guerra, destacando que "não houve nenhuma vítima não combatente".
O ELN chamou de "muito desproporcional" que, enquanto o governo a ataca, propõe que o ELN não possa responder "em legítima defesa". A organização insistiu em decretar um cessar-fogo bilateral para gerar um clima favorável às forças de paz.
A reivindicação surgiu um dia depois de milhares de colombianos se terem manifestado por todo o país, numa rejeição massiva contra o terrorismo e em homenagem às vítimas do ataque, o mais mortífero em Bogotá em 16 anos.
Em 17 de janeiro, um carro-bomba explodiu junto à Escola de Cadetes da Polícia General Santander, em Bogotá, causando 21 mortes, entre eles o responsável do ataque, e 68 feridos. O condutor do carro-bomba, José Aldemar Rojas Rodríguez, de 56 anos, explodiu 80 kg de pentolite.