Anteriormente, uma fonte anônima disse à agência AFP que os EUA tinham começado a retirar equipamentos não essenciais da Síria, enquanto o pessoal militar norte-americano ainda permanece no país.
"Al-Tanf é um elemento crucial no esforço de prevenir que o Irã estabeleça um canal terrestre de comunicação desde o Irã através do território iraquiano e sírio até ao sul do Líbano a fim de apoiar o Hezbollah libanês", declarou um alto representante militar dos EUA.
O Irã foi acusado repetidamente de ter forças militares na Síria, bem como de tentativas de construir uma base lá. Porém, Teerã desmentiu veementemente essas acusações, insistindo que a sua presença militar no país se limita a conselheiros militares enviados a Damasco para ajudar na luta contra os terroristas.
Primeiro, a Autorização de Uso de Força Militar de 2001 estipula que o uso da força contra militantes, mas não contra nações como o Irã, por mais crítica que a situação seja. Segundo, aqui surgem dúvidas sobre se Trump aprovaria um plano que mantenha as forças dos EUA na Síria no meio da atual retirada de tropas deste país.
Anteriormente, Hilal Hilal, o vice-secretário-geral do partido governista Baath, disse que Damasco iria continuar exigindo a saída das tropas norte-americanas da base em Al-Tanf.
"A Síria tem o direito natural de defender cada pedaço de sua terra de uma ocupação estrangeira. Isso foi sempre dito pelo presidente sírio, Bashar Assad. E nós acreditamos que qualquer base militar criada em terra síria sem autorização do presidente e do governo sírio é uma presença de forças invasoras e de ocupação", afirmou.
Em 19 de dezembro, Donald Trump declarou a vitória dos EUA contra o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em vários outros países) na Síria, destacando que o grupo terrorista era o único motivo pelo qual as tropas americanas se encontravam no país árabe. Posteriormente, a porta-voz da Casa Branca afirmou que os EUA iniciaram a retirada das forças da Síria, observando que isso não significaria "o fim da luta da coalizão internacional liderada pelos EUA contra o Daesh".
Desde 2014, os EUA e seus aliados têm realizado uma operação contra o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países) no Iraque e na Síria. Os norte-americanos operam sem a permissão das autoridades sírias, que consideram essas ações como ocupação. Havia cerca de dois mil militares dos EUA no país que, junto com as Forças Democráticas da Síria, controlavam territórios no leste e no nordeste, ricos em recursos naturais.