Em nota à Sputnik Brasil, o Comando de Operações Navais ressaltou que o navio brasileiro capitaneará as ações da Força Tarefa Marítima.
"No Líbano, o Navio da Marinha capitaneará a Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FTM-UNIFIL), que tem como missão impedir a entrada, em território libanês, de armas ilegais e contrabandos, e empregando patrulhas navais nas águas jurisdicionais libanesas", explica a nota.
Atualmente, 215 militares da Marinha do Brasil atuam Força Interina das Nações Unidas no Líbano. Eles estão distribuídos entre o Estado-Maior do Force Commander, com dois militares, o Estado-Maior do Comando da Força Tarefa Marítima, com 13 militares, e a tripulação da Fragata União, composta por 200 militares.
O Comando de Operações Navais da Marinha informou em na nota que os militares brasileiros participaram ainda da preparação da Marinha libanesa para manter a segurança de sua jurisdição marítima.
"As principais atribuições são relacionadas ao adestramento com foco na preparação da Marinha libanesa, de modo a capacitá-la a exercer tarefas de segurança em sua área de jurisdição marítima, bem como as já citadas ações de interdição de área marítima, que possuem a finalidade de impedir a entrada não autorizada de armamento naquele país", ressalta o comunicado.
No Líbano, a Fragata União realizará as tarefas de Navio-Capitânia da Força Tarefa Marítima da UNIFIL. A embarcação, da Classe Niterói, desempenha tarefas de emprego geral, principalmente no que se refere às operações de interdição marítima e, em períodos específicos, de patrulhamento.
O Comando de Operações Navais destacou também que a posição da fragata nessa missão de paz é um reconhecimento da capacidade da Armada brasileira em operações como essa.
"Essa posição de liderança exercida no Líbano se deve ao fato de termos uma longa tradição de participação em missões de paz, tais como em Suez, Angola, Moçambique, Timor-Leste e Haiti. Nesse sentido, a Marinha do Brasil contribui, desde 2011, para o trabalho desenvolvido no Líbano e os militares que irão compor essa nova etapa da missão têm por meta manter o padrão de atuação das Forças Armadas do Brasil", conclui.
A missão UNIFIL foi criada pela Organização das Nações Unidas em 1978 e, atualmente, conta com a participação de outros 34 países, com cerca de 12 mil militares e policiais, além de funcionários civis. A participação brasileira na operação foi autorizada em 29 de setembro de 2011, pelo Congresso Nacional, com o envio de um navio da Marinha do Brasil para integrar a Força-Tarefa Marítima da UNIFIL e contribuir para a garantia da paz e da segurança no sul do Líbano.