A sessão desta sexta-feira (1), logo após a posse dos senadores, pretendia eleger o presidente da Casa pelo biênio 2019-2020. O principal candidato à cadeira era o veterano Renan Calheiros (MDB-AL). Considerado um símbolo da "velha política", Calheiros tinha em torno de sua candidatura uma polêmica utilizada por opositores para articular uma votação aberta para a presidência do Senado. O presidente da sessão chegou a realizar uma votação nesse sentido, em que o voto aberto venceu por 50 votos a 2.
Em um dos momentos de maior tensão durante a sessão, a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) foi até a mesa do presidente da sessão e lhe tomou a pasta onde constavam as questões de ordem pendentes. Ela e outros senadores contestavam a legitimidade de Alcolumbre para presidir a sessão.
Indignado com os gritos e com a confusão, o senador senador Jayme Campos (DEM-MT) comparou a cena com uma "briga de lavadeiras em beira de córrego". O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) também fez comparações jocosas, dizendo que aquilo estava pior que um "Boca Júniors x River Plate", referindo-se ao maior clássico do futebol argentino, conhecido pela tensão em campo e entre as torcidas.
Como parte do acordo firmado após as propostas apresentadas pelos senadores, a sessão será retomada com a presidência de José Maranhão (MDB-PB), sob a promessa de permanência da votação aberta.
Nesta sexta-feira (31), correu normalmente a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, vencida pela terceira vez consecutiva pelo deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ).