Em suas mensagens de vídeo publicadas nas redes sociais, o coronel José Vásquez Álvarez e o capitão Carlos Guyon Celis pediram ao exército que derrubasse o regime do presidente Nicolás Maduro e apoiasse o governo interino.
"O atual regime destruiu o país e com ele nossas Forças Armadas nacionais. Aqueles que acreditavam em nossa herança, hoje o ditador a destruiu completamente", disse Vásquez Álvarez.
Mensagem para meus companheiros de Armas
Por sua vez, Guyon Celis pediu aos militares "para libertarem o povo venezuelano da opressão sob cujo peso eles viveram por 20 anos". "Nós, os militares, devemos desembainhar nossas espadas para quebrar as correntes que prendem nosso povo a mando dos tiranos comunistas e apoiar o novo presidente, Juan Guaidó", disse o oficial aposentado.
Esta não é a primeira vez nos últimos dias que representantes dos círculos militares venezuelanos expressam seu apoio ao líder da oposição, Juan Guaidó. No sábado (2), a imprensa local informou que o general da Força Aérea Francisco Yánes reconheceu Guaidó como presidente interino do país.
Em uma recente entrevista à Sputnik, Nicolás Maduro disse que o exército demonstra lealdade às autoridades legítimas da república. O líder venezuelano considera os eventos que estão ocorrendo no país como uma tentativa de golpe de Estado que, em sua opinião, foi organizado pelos EUA com apoio de vários países europeus e governos latino-americanos.
No dia 31 de janeiro, o Parlamento Europeu solicitou à chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, e aos governos dos países membros que se juntem ao reconhecimento do líder da oposição.
O México e o Uruguai, no entanto, oferecem assistência para mediar uma solução política para a crise. A crise política venezuelana se agravou no dia 23 de janeiro, depois que o chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino do país durante um protesto antigovernamental realizado nas ruas de Caracas.