O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que Ancara mantém relações com a Síria por meio das agências de inteligência dos dois países, que podem manter ligação mesmo sem os líderes estarem na mesma sintonia.
"A política externa está sendo conduzida com a Síria a um baixo nível. Mesmo que seja seu inimigo, você não quebrará completamente os laços em caso de precisar deles", disse Erdogan à emissora estatal TRT.
O governo turco consideram as Unidades de Proteção Popular (YPG) curdas na Síria parte do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que, consequentemente, está na lista de organizações terroristas da Turquia.
Tropas turcas e rebeldes do Exército Livre da Síria apoiados por Ancara realizaram duas operações militares na Síria nos últimos anos, justificando-as pela necessidade de proteger fronteiras com a Síria em meio à ameaça representada pelas forças curdas.
No início de dezembro, o presidente turco anunciou que Ancara estava pronta para lançar uma operação militar contra as milícias curdas — que considera serem grupos terroristas — na margem oriental do Eufrates, bem como na cidade síria de Manbij, localizada perto da fronteira turca, se os Estados Unidos não facilitarem a retirada da milícia da região.