Maduro acusa Washington de usar crise humanitária como pretexto para invasão militar

Discursando na Praça Bolívar, no centro de Caracas, Nicolás Maduro afirmou que os Estados Unidos declararam crise humanitária na Venezuela como justificativa para invadir militarmente o país petroleiro.
Sputnik

"A crise humanitária é apenas um disfarce para os planos militares do governo de Trump [Donald Trump, presidente dos EUA]. Toda a crise na Venezuela é resultado da imposição de sanções e bloqueio financeiro dos EUA", declarou Maduro em 7 de fevereiro.

Especialista: alegadas dúvidas da Rússia quanto a Maduro são mera desinformação da mídia
Ele aderiu à coleção de assinaturas para uma carta ao presidente dos EUA, Donald Trump, contra intervenção americana na Venezuela, lê-se em canal do Periscope de Maduro. 

Na Praça Bolívar foi instalado um dos centros para coletar assinaturas. O objetivo é conseguir pelo menos 10 milhões de assinaturas contra uma intervenção de Washington na Venezuela. 

Em 3 de fevereiro, Trump declarou que uma intervenção militar dos EUA na atual crise política da Venezuela é "uma das opções". Maduro, por sua vez, afirmou que o "petróleo e os recursos naturais" da Venezuela são a razão pela qual Trump pode "declarar guerra à Venezuela".

Um dia depois, alguns países da UE reconheceram o chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como presidente interino do país após não cumprimento de Maduro do ultimato dado de oito dias para organização de eleições presidenciais.

Especialistas explicam motivos pelos quais Grécia e Itália não apoiam Guaidó
A crise política venezuelana se agravou em 23 de janeiro, depois que Juan Guaidó se declarou presidente interino do país durante protestos antigovernamentais realizados nas ruas de Caracas. O atual presidente, Nicolás Maduro, acusou Washington de estar orquestrando um golpe na Venezuela, tendo chamado Guaidó de "marionete dos EUA".

O líder da oposição tem sido apoiado pelos EUA, Brasil e outros países. A Rússia, China, México e Turquia estão entre as diversas nações que manifestam seu apoio a Maduro como chefe de Estado legitimamente eleito do país.

Comentar