A Bloomberg, por exemplo, escreve que a Rússia começou a se preocupar com o fato de que o regime de Nicolás Maduro na Venezuela não possa defender-se, citando duas fontes supostamente "próximas ao Kremlin". A agência observa que o Kremlin continua apoiando Maduro, mas as autoridades russas estão "reconhecendo cada vez mais" que o terrível estado da economia venezuelana reduz o apoio público ao atual presidente.
Segundo Bloomberg, é muito dificil para Maduro recorrer ao recurso militar, já que o Exército venezuelano não está pronto para usar a força contra os cidadãos que tomam parte nos protestos. A Rússia não poderá prestar uma ajuda real a Maduro, escreve a Bloomberg, pois não será possível salvar a economia venezuelana e a assistência militar não é viável por causa da distância entre os países.
"Parece uma desinformação. Além disso, o que está acontecendo na Venezuela deve ser um assunto interno da Venezuela. Maduro vai manter o poder ou não — isso não é um assunto russo ou americano", disse Dmitry Ofitserov-Belsky.
De acordo com especialista, dadas as dificuldades que Nicolás Maduro enfrenta, a séria pressão da oposição e o apoio da Europa ao autoproclamado líder, Juan Guaidó, será difícil para Maduro manter o poder.
Ele também comentou as palavras do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que disse que a Venezuela, com a mudança de governo, deixará de "depender de Cuba e da Rússia".
Pelo contrário, afirma, por muito tempo, Cuba desfrutou de preços preferenciais do petróleo venezuelano. Ele acrescentou também que é bastante estranho que Pompeo não tenha mencionado a China, que fez enormes investimentos na economia venezuelana nas últimas duas décadas, muito mais do que a Rússia.