O polo magnético apesar de ser lento, é um constante viajante, e os geólogos dizem que ele está se movendo do Ártico canadense para a Sibéria, na Rússia, a uma taxa anual de mais de 55 quilômetros.
Essa mudança é causada pela convecção – uma rotação lenta da rocha fluida e do metal fundido no núcleo externo da Terra – e é o metal líquido que gera o imenso campo magnético do nosso planeta.
"Essa é a mudança da velocidade de rotação das diferentes partes do núcleo externo, que significa que o movimento do polo norte magnético não tem a mesma velocidade através do tempo", disse Paul Byrne, professor na Universidade da Carolina do Norte (EUA), à emissora de TV CBS 17.
Conhecer a localização do polo norte magnético é crucial para os sistemas de navegação que empregam bússolas magnéticas.
Por esta razão, os cientistas desenvolveram o Modelo Magnético Mundial (WMM, na sigla em inglês) – uma representação do campo magnético da Terra, que permite que o norte magnético seja fixado precisamente.
Os cientistas asseguram que as mudanças serão relativamente menores para o usuário comum, mas que afetarão principalmente àqueles que vivem ou viajam ao redor do extremo Ártico. Espera-se também que a atualização seja útil para militares, companhias aéreas comerciais, navios e aeronaves de busca e resgate, NASA e outras agências e grupos que dependem da navegação de precisão no extremo norte.
Segundo Byrne, "esses mapas são usados para todos os tipos de coisas, incluindo a navegação de aeronaves e veículos militares para entender onde as pessoas estão na Terra".
"Honestamente, isso não faz uma grande diferença para as pessoas que não estão vivendo muito perto do polo. De fato, [isso] afeta apenas às pessoas que estão realmente próximas do polo norte magnético", explica.
Ele acrescenta que os aplicativos de navegação "vão receber mais uma atualização desse mapa de campo magnético e, como resultado disso, os usuários não verão nenhuma diferença usando seus telefones, [pois] eles são bons".