Espanha descarta apelo dos EUA sobre mais pessoal da OTAN na Síria

Dois meses atrás, o presidente norte-americano Donald Trump tomou de surpresa a decisão de retirar as tropas dos EUA da Síria, declarando a vitória sobre o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em muitos outros países). Porém, os aliados de Washington parecem discordar de tal decisão.
Sputnik

O ministro das Relações Exteriores da Espanha, Josep Borrell, descartou, durante um briefing em Munique, o apelo dos EUA aos países-membros da OTAN para preencherem o vazio deixado pela sua saída iminente da Síria.

"Os pedidos entre países não são feitos em comunicados de imprensa ou comentários em conferências. A Espanha e a maioria dos países não estão dispostos a ocupar o lugar dos EUA após uma retirada que foi decidida de surpresa e de forma unilateral", declarou Borrell.

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Essa declaração foi feita logo após o comentário do vice-presidente dos EUA, Mike Pence, à margem da Conferência de Segurança de Munique, abordado a decisão unilateral dos EUA.

Falando na Conferência de Segurança de Munique, Mike Pence apelou aos países da OTAN e outros aliados para "fornecerem os recursos, apoio e pessoal" necessários de maneira a prevenir o ressurgimento do Daesh após a saída das tropas americanas da Síria, informou a agência Bloomberg.

"É uma mudança de tática, mas não é uma mudança de missão. Os Estados Unidos manterão uma forte presença na região. Nós reconhecemos que não será simples reivindicar o território do califado. Nesta nova fase, os EUA continuarão a trabalhar com todos nossos aliados para perseguir o que resta do Daesh", declarou Pence em seguida.

Em paralelo, o presidente dos EUA, Donald Trump, pediu aos países europeus, particularmente, ao Reino Unido, à França e Alemanha, para autorizarem o regresso de mais de 800 combatentes do Daesh, seus cidadãos, capturados pelos EUA na Síria, e levá-los a julgamento.

No final de 2018, Donald Trump anunciou a vitória sobre o Daesh na Síria e subsequente retirada das tropas americanas do país árabe. No entanto, a luta contra militantes em algumas partes da Síria ainda está em andamento. A coalizão internacional liderada pelos EUA atua desde 2014 no Iraque e na Síria com o alegado objetivo de derrotar o grupo terrorista Daesh.

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