Federação Internacional de Jornalistas classifica como 'censura' bloqueio de contas do RT

Em entrevista à agência Sputnik, o presidente da Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) Philippe Leruth condenou nesta segunda-feira, o bloqueio de várias contas do Facebook ligadas ao canal de televisão RT. Leruth descreveu a medida como um ato de censura.
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"Fechar uma conta no Facebook ou qualquer link da Internet de um veículo de imprensa, sem aviso prévio, pode ser considerado como um ato de censura ao qual a IFJ se opõe", disse Leruth.

Ele também enfatizou que "sempre que alguém considera que um veículo está espalhando notícias falsas, esta pessoa deve pedir uma retificação da informação. Se o veículo se recusar, há várias medidas possíveis, algumas delas no campo judicial. Fechar brutalmente qualquer link não respeita este modo normal de fazer as coisas, e por esta razão, condeno a medida como um ato de censura".

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Os comentários vieram depois que o Facebook suspendeu, sem aviso prévio, várias contas operadas pela Maffick Media, uma empresa de mídia da qual a Ruptly é uma das sócias. As contas foram apagadas após a CNN publicar uma reportagem mostrando os supostos laços da empresa com o Kremlin.

Reagindo à decisão, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou em comunicado nesta segunda-feira que a decisão do Facebook de bloquear páginas relacionadas à RT era inaceitável, e a Rússia aguardava uma resposta da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). O ministério enfatizou que as ações do Facebook violaram os princípios internacionalmente aceitos de liberdade de expressão.

No começo do dia, Margarita Simonyan, editora-chefe do Sputnik e da RT, disse que as plataformas de rede sociais estavam sendo usadas como ferramentas em "um confronto geopolítico".

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