A Rússia decidiu impor restrições à carne vinda do Brasil à época devido ao uso de ractopamina, substância proibida em alimentos na Rússia, na União Europeia e na China. O produto é utilizado na alimentação de bovinos e suínos com o objetivo de reduzir a gordura no animal e deixar a carne pronta para o abate.
Após sanções europeias a Moscou, a Rússia se transformou na maior compradora de carne brasileira no mundo, chegando a importar 400 mil toneladas. A expectativa é que, normalizado o comércio, o país compre 150 mil toneladas em 2019 (ou 10% das exportações de carne previstas para o ano). É o mesmo número vendido em 2017.
Manifestando-se sobre a questão à Sputnik Brasil, a Abrafrigo explicou em nota que o volume de 3.105 toneladas vendidas em janeiro pode ser considerado o primeiro lote negociado desde o fim das restrições determinado no final do ano passado.
"Com essa retomada, a ABRAFRIGO estima que as exportações gradativamente voltarão ao normal e poderão se aproximar, neste ano, das 150 mil toneladas [de carne bovina] exportadas em 2017 (…). A previsão é que novas plantas sejam habilitadas no decorrer deste ano e as exportações para a Rússia voltem a normalidade", espera a entidade.
"O governo brasileiro está empenhado em retomar e ampliar os níveis de comércio com a Rússia anteriores a 2017. A relação comercial bilateral com os russos é uma das prioridades da Embaixada do Brasil em Moscou, em especial no que concerne à promoção do agronegócio brasileiro e da diversificação da pauta exportadora", afirmou por meio de nota à Sputnik.