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Intervenção militar dos EUA na Venezuela não faz sentido, diz Mourão

O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta quinta-feira (21) que as ameaças de intervenção militar dos Estados Unidos na Venezuela são "prematuras" e ela "não faria sentido".
Sputnik

"Acho que eles [EUA] estão mais no campo da retórica do que na ação", disse Mourão em entrevista à AFP. "A Venezuela tem que ser resolvida pelos venezuelanos."

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que a fronteira do país com o Brasil será "completamente" fechada e não há previsão de abertura.

"Essa reação é simplesmente uma maneira de impedir o processo de ajuda humanitária", disse Mourão, acrescentando que a Venezuela "tem o direito de fazer o que quiser em seu lado da fronteira".

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O porta-voz da presidência, Otávio Rego Barros, também descartou a possibilidade da decisão de Maduro causar "atritos" entre os vizinhos.

A decisão de Maduro ocorreu dois dias antes do prazo estabelecido pelo líder da oposição, Juan Guaidó, para que a ajuda humanitária armazenada na Colômbia, no Brasil e na ilha de Curaçao fosse levada à Venezuela.

O auto-proclamado presidente interino partiu em um comboio de veículos de Caracas para a fronteira com a Colômbia na quinta-feira para cuidar pessoalmente da entrada de ajuda.

Uma passagem de fronteira entre os dois países continua bloqueada pelos militares. Maduro promete não permitir a entrada.

O líder venezuelano também afirmou que está considerando "um fechamento total da fronteira com a Colômbia".

A ajuda humanitária assumiu um papel central na disputa de poder entre Maduro e Guaidó.

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