Muito além do Planeta X: astrônomos descobrem objeto mais distante do Sistema Solar

Ao analisar o céu noturno com alguns dos telescópios mais poderosos, os cientistas descobriram por acaso o objeto mais distante (pelo menos atualmente) no Sistema Solar, que parece estar muito além de Plutão, informa a Science.
Sputnik

Scott Sheppard, um astrônomo do Instituto Carnegie para a Ciência em Washington, e seus colegas investigaram em pormenor o céu noturno com alguns dos telescópios que capturam a maior parte dos objetos mais distantes conhecidos até hoje.

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O novo objeto é estimado estar localizado a uma distância do Sol 140 vezes maior que a distância entre este último e o nosso planeta. Os cientistas fizeram a descoberta quando procuravam pelo lendário gigante Planeta X, supostamente existente além de Plutão.

Scott Sheppard começou a analisar os dados fora do cronograma depois de sua palestra ter sido adiada na instituição de investigação devido a uma forte nevasca.

Quando Sheppard finalmente tomou a palavra, 24 horas depois, ele anunciou a descoberta, embora não fornecesse mais detalhes, já que estava "quente demais", segundo a Science.

O astrônomo Scott Sheppard acaba de anunciar que o objeto mais distante do Sistema Solar já foi encontrado. Apelidado de "FarFarOut", está 3,5 vezes mais distante do Sol do que Plutão

O dito objeto tem o sugestivo nome informal de FarFarOut, tendo quebrado o recorde do objeto mais distante (até recentemente) no Sistema Solar: um outro objeto, chamado FarOut, está a 120 unidades astronômicas de distância e também foi descoberto por Sheppard em dezembro passado.

Antes disso, o planeta anão Eris era considerado o mais distante do Sistema Solar, a 96 UA (unidades astronómicas) do Sol, ou seja, 96 vezes a distância média entre a Terra e o Sol. Entretanto, Plutão fica apenas a 34 UA de distância.

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As órbitas de FarOut e de FarFarOut, que ainda são um mistério a ser resolvido, são as mais recentes descobertas de um projeto de pesquisa de uma década que analisa dados dos cantos mais distantes de nosso Sistema Solar, fornecidos pelos mais poderosos telescópios ópticos, ou seja, o Blanco de 4 metros no Chile e o Subaru de 8 metros no Havaí.

Por exemplo, dada a distância que o FarOut está de nós e a velocidade extraordinariamente lenta com que está se movendo, pode levar alguns anos para determinar sua órbita e até que ponto ela é afetada pela força gravitacional dos planetas gigantes. Até agora, estima-se preliminarmente que o FarOut levará mais de mil anos para orbitar o Sol.

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