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Uso da força em breve? Guaidó sugere 'todas as opções' para tirar Maduro do poder

O chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, declarou no fim da noite deste sábado que "todas as opções" devem estar sobre a mesa depois dos incidentes de violência registrados nas fronteiras do país caribenho com o Brasil e a Colômbia horas antes.
Sputnik

"Os acontecimentos de hoje obrigam-me a tomar uma decisão: a apresentar formalmente à comunidade internacional que devemos ter todas as opções em aberto para alcançar a libertação deste país que está lutando e continuará a lutar. Esperança nasceu para não morrer, Venezuela!", escreveu Guaidó no Twitter.

Embora não o diga abertamente, o tweet gerou a ideia de que se trataria de um chamamento em prol de uma intervenção militar na Venezuela, conforme analisou o professor adjunto de Relações Internacionais na Fundação Getulio Vargas (FGV), Oliver Stuenkel.

Autodeclarado presidente interino da Venezuela, Guaidó conta com o apoio dos Estados Unidos, da maioria dos países latino-americanos (incluindo o Brasil), e das principais nações europeias, mas é visto como ilegítimo por países aliados do presidente Nicolás Maduro, como Rússia e China.

Comissão Interamericana de Direitos Humanos condena violência nas fronteiras da Venezuela

Ao longo de todo o sábado, tropas de Maduro bloquearam a entrada de ajuda humanitária advinda dos EUA, o que gerou confrontos violentos nas fronteiras com Colômbia e Brasil. As tropas haviam retirado os comboios de ajuda externa da fronteira da Venezuela usando gás lacrimogêneo e borrachas de borracha no sábado, matando pelo menos dois manifestantes.

Na próxima segunda-feira, Guaidó se encontrará em solo colombiano com o vice-presidente dos EUA, Mike Pence. Um novo encontro do Grupo de Lima acontece em Bogotá, em um novo movimento que deve tentar reforçar o apoio internacional ao atual grande líder oposicionista de Maduro em Caracas.

"Para avançar em nossa rota, nos reuniremos na segunda-feira com nossos aliados da comunidade internacional, e continuaremos a solicitar ações futuras dentro do país. A pressão interna e externa é fundamental para a liberação. Esperança nasceu para não morrer!", acrescentou Guaidó.

Anteriormente, o presidente do EUA, Donald Trump, e o seu assessor de Segurança Nacional, John Bolton, deram indicações de que o uso da força poderia estar sobre a mesa, porém o restante da comunidade internacional, incluindo a ala militar do governo de Jair Bolsonaro, descartou a hipótese.

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