A fabricante Boeing continua enfrentando problemas no desenvolvimento de seus aviões de reabastecimento KC-46 Pegasus, desta vez devido à suspensão dos voos de teste e à repreensão de Washington depois que foram encontrados objetos potencialmente perigosos, além de ferramentas, que foram esquecidos dentro dos aparelhos durante o processo de construção das aeronaves.
Estes pedaços de metal e ferramentas deixados em diversas partes dos aviões poderiam danificar seus equipamentos ou o cabeamento elétrico, fazendo com que a Força Aérea dos EUA ordenasse a suspensão das operações do novo modelo da Boeing.
Os voos foram retomados nesta quinta-feira (28), porém, tanto a Força Aérea quanto a Agência de Gestão de Contratos de Defesa obrigaram a Boeing a realizar 13 melhoras em sua linha de montagem, advertindo que poderiam rejeitar os aviões.
Além disso, a empresa classificou o caso como "um problema sério", solicitando que todos se esforçassem para demonstrar para a Força Aérea dos EUA que a empresa é "a fabricante de aeronaves número um".
Entretanto, os problemas no controle de qualidade não são o primeiro problema que afeta o programa do Boeing KC-46, cujo custo ultrapassa em US$ 3 bilhões (R$ 11,3 bilhões) o orçamento inicial.
Anteriormente, a empresa foi pressionada para reformular o sistema de sensores e câmeras que controla a conexão da mangueira de abastecimento da aeronave de reabastecimento ao avião receptor. Perante essa situação, Washington ameaçou reter US$ 28 milhões (R$ 106 milhões) por aeronave até que o problema fosse resolvido.
Além dos seis aviões KC-46 que estão em fase de voos de teste, a Boeing forneceu outros seis aviões às bases aéreas de McConnell (Kansas) e de Altus (Oklahoma). Outros 45 aviões estão em fase final de produção.