Quem é a poderosa mulher que acompanha Guaidó em suas viagens na América do Sul?

Quando Juan Guaidó deixou a Venezuela em 22 de fevereiro, ele começou sua viagem pelos países sul-americanos que em janeiro apoiaram sua autoproclamação como presidente interino, entre os quais a Colômbia, o Brasil e o Paraguai. Mas o deputado da oposição venezuelana não viaja sozinho.
Sputnik

Juan Guaidó viaja com sua esposa, Fabiana Rosales, que o acompanhou em cada uma das visitas como se fosse uma viagem oficial de mandatário.

Mas há uma mulher mais poderosa no itinerário de Guaidó. Trata-se de Kimberly Breier, subsecretária de Estado dos EUA para Assuntos do Hemisfério Ocidental desde 2018.

Em sua conta no Twitter, Breir tem relatado seu acompanhamento ao opositor venezuelano no Brasil e no Paraguai, como sendo um apoio necessário. Mas quem é essa "mão poderosa" que leva Guaidó pela América do Sul?

Um líder legitimo não condena à fome e não oprime o seu povo. Guaidó está trabalhando para entregar a ajuda humanitária tão necessária para o povo da Venezuela, enquanto Maduro está a bloqueando. Segundo declarou o vice-presidente Mike Pence, "Maduro deve sair" e esta ajuda humanitária "deve entrar"

Hoje no Brasil eu expressei mais uma vez o apoio do secretário de Estado, Mike Pompeo, e dos EUA a Juan Guaidó enquanto ele está levando seu país para a democracia. O povo da Venezuela não merece menos.

Kimberly Breier é graduada em espanhol e entre 1995 e 1997 completou um mestrado na Universidade George Washington, onde Juan Guaidó também fez sua pós-graduação. Essa universidade também é conhecida por sua formação de futuros funcionários da CIA.

Conforme um comunicado da Casa Branca, Breier serviu por mais de uma década como analista da CIA e gerente na indústria de espionagem e foi consultora da Casa Branca em assuntos relacionados ao Brasil e ao Cone Sul.

A diplomata, que fala espanhol e viajou bastante por todo o continente, foi convocada em 2005 pelo presidente George W. Bush para o Escritório de Assuntos Hemisféricos do Conselho de Segurança Nacional.

Juan Guaidó: 300 mil venezuelanos correm risco de morrer de fome
Durante o governo de Barack Obama, ela liderou a Iniciativa Futuros México-Estados Unidos no Centro de Estudos Estratégicos Internacionais, em Washington DC, e segundo especialistas internacionais "é uma republicana moderada", escreve Infobae. No entanto, alguns especialistas supõem que o fato que essa mulher acompanha Juan Guaidó nos países da América Latina prova que os EUA estão prestando apoio ao autoproclamado presidente da Venezuela.

A crise venezuelana se agravou ainda mais após o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, ter se autoproclamado chefe de Estado interino no dia 23 de janeiro. Os EUA e outros países, incluindo mais de 20 países europeus, reconheceram Guaidó, enquanto a Rússia, China e outros países apoiam Maduro como presidente legítimo da Venezuela.

Comentar