Análise: prisão de Guaidó seria pretexto dos EUA para sancionar ainda mais Venezuela

Os EUA estão buscando pretexto para novas sanções econômicas contra a Venezuela, e a prisão de Juan Guaidó pode servir como oportunidade, disse Viktor Jeifets, professor da Faculdade de Relações Internacionais da Universidade Estatal de São Petersburgo.
Sputnik

Viktor Jeifets disse a Sputnik que os Estados Unidos podem usar dois métodos principais: intervenção armada, que não estão prontos para executá-la, e continuação da aplicação de sanções econômicas contra a Venezuela.

"Pode parecer muito descomplicado e grosseiro, mas funciona de forma bastante eficaz. A indústria petrolífera do país está em condições dificílimas, algumas fábricas estão a ponto de parar, e é justamente isso que os EUA querem. Ações contra Guaidó podem se tornar o pretexto tão esperado", afirmou o especialista.

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Segundo Jeifets, não é aconselhável prender Guaidó agora, pois um "deputado da Assembleia Nacional tem imunidade. Ele deixou o país com a permissão da Assembleia Nacional. Certamente, a Assembleia não permitirá que a imunidade seja cancelada, já que é controlada por oponentes de Maduro".

Para o professor, Bolton não só está assustando, mas também está falando sério. Os Estados Unidos precisam de uma razão para novas sanções econômicas e vão, mais cedo ou mais tarde, encontrá-la. Jeifets salientou que estamos falando de sanções econômicas que continuam sufocando a economia venezuelana.

Anteriormente, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, disse que as tentativas de impedir o retorno de Guaidó à Venezuela causariam protesto ativo dos Estados Unidos e da comunidade internacional.

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Guaidó passou alguns dias e visitou vários países da América Latina, apesar da proibição do governo de deixar a Venezuela desde janeiro. Supremo Tribunal do país afirmou anteriormente que o líder da oposição Guaidó poderia enfrentar até 30 anos de prisão por violar a proibição de sair do país.

Em janeiro, ocorreu na Venezuela uma onda de protestos contra o atual presidente Nicolás Maduro, reeleito em março passado. Em 23 de janeiro, o líder da oposição, Juan Guaidó, declarou-se presidente interino, tendo sido apoiado pelos EUA e por vários outros países. Maduro recebeu apoio de tais países como a Rússia, México, China, Turquia, Indonésia e outros.

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