EUA planejam aumentar a presença de grupo de ataque na Europa para 'conter a Rússia'

Os Estados Unidos devem ampliar a presença rotatória de destroieres de mísseis guiados e submarinos de ataque para fazer frente à Rússia na Europa, disse o chefe do Comando Europeu dos EUA (USEUCOM), general Curtis Scaparrotti, em depoimento ao Congresso nesta terça-feira.
Sputnik

"A USEUCOM está trabalhando com o Departamento [de Defesa] para aumentar a presença rotatória de destroieres de mísseis guiados, um Grupo de Ataque de Portadores e submarinos de ataque, que fornecem poder de combate letal para deter nossos adversários e combater as ameaças crescentes no domínio submarino", declarou Scaparotti ao Comitê de Serviços Armados do Senado dos EUA.

Scaparrotti enfatizou que as capacidades marítimas adicionais estão sendo solicitadas para aumentar a letalidade no domínio marítimo e "para combater as capacidades marítimas russas".

"Semelhante aos domínios terrestre e aéreo, [esta estratégia] requer melhorias de infraestrutura para os portos marítimos de desembarque, bem como para o posicionamento de capacidades navais críticas como munições. O pedido do FY19 também fornece capacidade adicional para sensores e plataformas antissubmarino de guerra P-8", disse Scaparrotti.

Mísseis dos EUA na Europa serão 'pistola apontada para têmpora da Rússia', indica analista
Oficiais militares dos EUA têm citado regularmente a necessidade de conter a "ameaça russa". Recentemente, o secretário da Marinha dos EUA, Richard Spencer, chamou Moscou de "uma perigosa ameaça", depois do contratorpedeiro de mísseis McCampbell entrar no mar do Japão (também conhecido como mar do Leste) para desafiar o que os Estados Unidos chamaram "alegações marítimas excessivas da Rússia" e defender os usos legítimos do mar.

Há um ano, o então secretário da Defesa dos EUA, James Mattis, apresentou a nova Estratégia de Defesa dos EUA, que trazia uma mudança no modus operandi de Washington relativo a ameaças crescentes de diferentes poderes revisionistas, incluindo a Rússia. Como explicou o secretário da Defesa, Moscou pretendia destruir a OTAN, alterando a segurança da Europa e do Oriente Médio a seu favor. Com o documento, a competição estratégica com a Rússia e outras "potências revisionistas" tornou-se prioridade de longo prazo para o Pentágono.

Comentar