O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, realizou uma entrevista coletiva acompanhado do secretário de Polícia Civil, Marcus Vinícius Braga, e de delegados da Delegacia de Homicídios (DH), para prestar esclarecimentos da operação que prendeu os suspeitos pela morte de Marielle e Anderson.
“Uma segunda fase da investigação poderá vir a ocorrer. Primeiro, falei para [a polícia] encerrar com o que tem. A Lava-Jato nos ensinou que investigação deve ser fragmentada. Quem foi preso hoje pode certamente pensar numa delação premiada", afirmou Witzel, ao falar sobre os possíveis desdobramentos da investigação.
"É uma resposta importante que nós estamos dando para a sociedade: a elucidação de um crime bárbaro cometido contra uma parlamentar, uma mulher, no exercício de sua atividade democrática. Teve sua vida ceifada de forma inaceitável. Mas muito mais ainda inaceitável porque estava exercendo seu mandato”, acrescentou Witzel.
Nas redes sociais, internautas destacaram o registro da campanha eleitoral do governador em que ele aparece em cima do palanque no momento em que um homem quebrava a placa com o nome de Marielle Franco.
Já o titular da Delegacia de Homicídios, Giniton Lages, classificou o crime como "muito complexo".
"Sabíamos de cara o nível da sofisticação do crime. Eles não deixaram o carro por duas horas. Isso nos chamou a atenção de cara. Alcançamos três testemunhas presenciais. Foi um crime que foge à regra. 80% dos crimes são elucidados com testemunho. No caso Marielle Anderson não há essa possibilidade, pois eles não deixaram o veículo", afirmou.