"A ideia é que os países da América do Sul façam o movimento juntos", explicou o chanceler brasileiro em entrevista coletiva quando questionado sobre o assunto, às vésperas da viagem do presidente Jair Bolsonaro ao Chile.
A União das Nações Sul-Americanas (Unasul) foi criada em 2008 com a intenção de agrupar todos os países sul-americanos, à época em sua maioria governados por governos de esquerda e de centro-esquerda.
No momento, a Unasul é formada pela Bolívia, Guiana, Suriname, Uruguai e Venezuela, já que Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru e Equador anunciaram sua saída do grupo nos últimos meses.
O ministro brasileiro disse que a Unasul "não funcionou" e que era totalmente inútil em seus objetivos.
"Ela não conseguiu fazer um quilômetro de estradas", criticou.
O chanceler brasileiro saudou com entusiasmo a iniciativa dos presidentes do Chile, Sebastián Piñera, e da Colômbia, Iván Duque, para formar uma alternativa através do Prosul.
"Gostamos muito da ideia que o Chile vem conduzindo que é a de substituir a Unasul, que é um organismo que não faz mais sentido, que foi criado e nasceu com vício de origem", afirmou.
Nesta quinta-feira, Bolsonaro viajará a Santiago do Chile para participar da cúpula de criação do novo bloco regional e, em seguida, fará uma visita bilateral a Piñera.
Araújo ressaltou que as relações entre o Brasil e o Chile são excelentes e que há uma clara convergência de ideias, além de um enorme interesse econômico recíproco.
A visita de Bolsonaro ao Chile será a primeira que ele fará a um país sul-americano como presidente desde sua posse, em 1º de janeiro, após sua primeira viagem oficial aos EUA nesta semana. O movimento quebra uma premissa histórica, que geralmente vê a Argentina como primeiro destino internacional do presidente do Brasil.