Analista militar: até 'rebeldes descalços' lidam com tanques americanos Abrams

Washington planeja gastar cerca de US$ 6 bilhões (R$ 22,7 bilhões) com modernização do tanque M-1 Abrams. No entanto, o analista militar russo lembra que esse blindado não conseguiu provar sua eficácia no Oriente Médio.
Sputnik

Mais cedo, o presidente estadunidense, Donald Trump, declarou que é necessário modernizar os tanques americanos M-1 Abrams. Segundo está previsto, nos próximos três anos os EUA gastarão US$ 6 bilhões (R$ 22,7 bilhões) para modernizar o tanque M-1 Abrams.

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O orçamento militar para 2020 prevê gastar mais de US$ 2,2 bilhões (R$ 8,3 bilhões) com a compra e modernização dos tanques em questão, inclusive o modelo modernizado M1A2C. Para 2019 esta soma é de US$ 2,6 bilhões (R$ 9,8 bilhões) e em 2018 foi de US$ 1,7 bilhões (R$ 6,4 bilhões).

Segundo indicou ao serviço russo da Rádio Sputnik o especialista militar russo Sergei Chennyk, o uso dos Abrams americanos no Oriente Médio não teve muito sucesso.

"O primeiro uso em combate dos tanques Abrams no Oriente Médio não foi muito bem-sucedido — os tanques não mostraram o melhor desempenho em operações no terreno desértico, seus motores falhavam frequentemente e a sua lendária resistência a armas antitanque acabou sendo mitológica. Revelou-se que até rebeldes descalços, armados com antigos lançadores de granadas soviéticos, podem lutar com sucesso contra os tanques Abrams", sublinhou.

Na opinião dele, os EUA decidiram desistir de novos projetos na área da construção de tanques.

"Os americanos não estão na melhor posição neste sentido. Por exemplo, os nossos tanques T-64, aparentemente muito antigos, se mostraram muito mais aptos para as condições da realidade da guerra atual do que os tanques Abrams."

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"Aparentemente, os americanos agora decidiram abandonar os desenvolvimentos globais e modernizar o que eles já têm e, neste caso, seis bilhões [de dólares] não são o maior preço, é muito mais barato do que desenvolver um novo projeto do zero, lançar sua produção, novas linhas de transporte. Seriam valores completamente diferentes. O que sairá disso, vamos ver. Por enquanto são só declarações. Tudo indica que por 10-15 anos os americanos não criarão nada de novo na área de veículos blindados com lagartas, vão se manter com aquilo que eles já têm", opina o especialista.

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