Como indica o especialista militar Mark Espiskopos, a concepção dos caças de 5ª geração é um compromisso entre vários critérios de desempenho, incluindo capacidade de manobra, sistemas de armamento, tecnologia de radar integrada e capacidade furtiva.
"Esta última é especialmente complicada, uma vez que não se refere a uma qualidade única, mas sim a uma vasta gama de equipamentos e opções de construção para reduzir a secção transversal do radar (RCS) de um avião […] para o tornar menos detectável pelos radares" — escreve Episkopos.
"As capacidades convencionais são apenas o início da história. Na medida em que a capacidade furtiva é considerada uma característica essencial de 'quinta geração', há poucas dúvidas de que — sendo tudo o resto igual — o F-35 foi concebido para ter um RCS exponencialmente mais pequeno do que o Su-57". Deve-se notar que um pequeno RCS indica que um objeto é mais dificilmente detectável.
"Os F-35 estão equipados com uma variedade de sensores e processadores a bordo […] construindo uma imagem dinâmica e integrada do campo de batalha e alimentando em tempo real as unidades amigas mais próximas. O F-35 pode também coordenar unidades amigáveis no espaço aéreo inimigo, duplicando a sua eficácia como plataforma AWACS (airborne early warning and control)".
"O Su-57 não foi concebido como um centro nevrálgico móvel para esquadrões que penetram em sistemas sofisticados de defesa aérea inimigos para neutralizar infraestruturas críticas. O Su-57 também não foi projetado maioritariamente para papéis de alta intensidade de ataque ao solo, nos quais o F-35 deve se destacar".
Com estas características, o Su-57 não necessita de grande capacidade furtiva (stealth) e de vários dispositivos "inteligentes". A doutrina russa de combate aéreo está mais interessada em fazer frente às aeronaves furtivas do que em implantar as suas próprias. Assim sendo, o "Su-57 tem o potencial técnico para ser a melhor solução para as necessidades estratégicas da Rússia", conclui o especialista.