"Sob o pretexto da mítica ameaça russa, a OTAN está aumentando sua presença no Leste Europeu, militariza a região do mar Negro, intensifica as ações de reconhecimento ao longo das fronteiras russas", declarou o diplomata.
Grushko sublinhou também que a política da OTAN afeta a estabilidade na região euro-atlântica, acrescentando que os países da OTAN continuam realizando atividades que visam manter o espaço de segurança fragmentado.
Para o diplomata, trata-se, entre outros problemas, da ameaça terrorista, da crise dos refugiados, das contradições ligadas à desigualdade dos países da região, à luta pelo controlo dos recursos e do acesso aos mercados e às ligações de transporte.
Grusko sublinhou que a demonização de vários países constitui a base não apenas da política das alianças ocidentais mas também do desenvolvimento militar. Segundo ele, a aposta do Ocidente em ações unilaterais leva ao aumento do caos e da ingovernabilidade.
Anteriormente, o presidente russo Vladimir Putin declarou que a expansão da OTAN na Europa é uma estratégia destrutiva, acrescentando que essa política é "uma relíquia da Guerra Fria".
A presença de aviões de inteligência estrangeiros e de aeronaves não tripuladas perto das fronteiras da Rússia tem aumentado bastante nos últimos anos. Assim, aeronaves estrangeiras são vistas com regularidade perto da península da Crimeia, na região de Krasnodar, no mar Báltico e também perto das bases russas na Síria.