"Podem ser realizadas conversas bilaterais? Bem, certamente, sim, uma vez que somos um Estado soberano independente. Mas a posição ucraniana será mais fraca sem o apoio de nossos parceiros globais, membros da coalizão pró-ucraniana? Certamente, sim", disse ele em entrevista a órgãos de mídia do seu país ao ser perguntado sobre a possibilidade de conversas bilaterais com o governo russo.
As relações entre Kiev e Moscou estão abaladas desde o golpe que removeu do poder o presidente eleito da Ucrânia, Viktor Yanukovich, em fevereiro de 2014, e culminou na eleição de Poroshenko, meses depois, para o mesmo cargo, sob fortes protestos de habitantes do leste do país. Nesse período, a então região ucraniana da Crimeia decidiu se desligar do território ucraniano e se reintegrar à Rússia, da qual fazia parte anteriormente. Tal episódio provocou forte indignação por parte do novo governo da Ucrânia, que passou a acusar Moscou de invadir o seu território e de intervir em assuntos internos do país, como no caso da guerra em Donbass, onde ucranianos indignados com a mudança brusca no poder resolveram pegar em armas contra o novo governo central por não reconhecer a legitimidade da nova administração em Kiev, levando à autodeclaração de independência nas repúblicas de Donetsk e Lugansk.