Vice-marechal britânico não vê vitória da OTAN em guerra contra 'feras formidáveis' russas

A OTAN espera continuar sendo uma relevante força de combate com introdução de caças F-35, mas somente um tipo de caça furtivo não seria suficiente para alterar situação em caso de guerra contra a Rússia, afirmou o vice-marechal britânico Simon Rochelle, citado pelo Business Insider.
Sputnik

"Se pensamos que vamos esperar que a próxima geração resolva os problemas, eu posso dizer categoricamente que iremos fracassar quando próximo grande conflito ocorrer", declarou Simon Rochelle, vice-marechal do Ar da Força Aérea Real britânica, em uma conferência sobre capacidade de sobrevivência em combate aéreo no Royal United Services Institute (RUSI).

Porém, o militar se mostrou confiante sobre a capacidade dos F-35 para fazer frente às ameaças atuais e futuras, mesmo enfatizando que a OTAN não terá suficientes aviões de quinta geração na frota a tempo para um grande conflito.

"Em 2030, 80% das forças europeias da OTAN serão caças de quarta geração", disse ele, acrescentando que espera que não aconteça nenhum grande conflito.

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Entretanto, a Rússia criou uma série de novos sistemas de armamento de baixo custo e com potencial suficiente para derrubar aviões da OTAN, escreve Business Insider.

"Esses sistemas são tão complexos e tão capazes que o preço pago pelos sistemas de defesa é muito mais barato do que os programas duradouros que temos na aeronave para desenvolver", afirmou Rochelle. "Não podemos nos dar ao luxo de não responder no mesmo ritmo, porque nossos adversários estão respondendo", acrescentou.

O sistema russo de defesa antiaérea S-400 pode detectar aviões furtivos como o F-35 e, utilizando um míssil relativamente mais barato, abater um caça muito mais caro do que ele mesmo, ressalta o site.

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Além disso, é possível que a Rússia venha a ter sistema S-500 quando caças de quinta geração chegarem à linha de frente em massa, acrescentou.

"São feras formidáveis", comentou Rochelle a respeito dos novos sistemas russos, que incluem armas de energia dirigida.

O vice-marechal britânico acredita que, ao invés de buscar aperfeiçoar ainda mais os F-35, seja necessário equipar outras aeronaves de combate com tecnologias modernas, em particular com sistemas de inteligência e vigilância.

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