Em entrevista à rádio Jovem Pan, Bolsonaro voltou a criticar as demarcações de reservas indígenas na Amazônia, que abrigam a maior floresta tropical do mundo, afirmando que elas dificultam o desenvolvimento da região, que abriga cerca de 25 milhões de pessoas. Bolsonaro disse que pode reverter qualquer demarcação que ele possa legalmente.
"Quando eu conheci Trump, eu disse a ele, entre outras coisas, que eu quero abrir para eles explorarem a Amazônia em uma parceria", afirmou Bolsonaro na entrevista. O presidente brasileiro esteve em Washington para uma visita oficial em março.
A visão do presidente brasileiro em relação à Amazônia contrasta fortemente com a da maioria das organizações ambientais no país e no exterior. Alguns grupos, como o Greenpeace, defendem a proibição total de qualquer novo desmatamento na região, incluindo a parcela de terra que poderia ser legalmente desmatada de acordo com a legislação brasileira.
Na região amazônica, por exemplo, um proprietário de terra tem o direito de cortar árvores em 20% da área, com a obrigação de deixar 80% da vegetação intacta.
Bolsonaro acha que o Brasil deveria abrir mais áreas para a mineração, inclusive na Amazônia, e defende melhorias na infraestrutura, como a pavimentação de estradas que cortam áreas florestais, movimento que, segundo os ambientalistas, pode estimular o desmatamento.