Em entrevista à Sputnik Brasil, Tsatlogiannis destacou que a situação do fundador do WikiLeaks sempre foi bastante complicada, especialmente nesses últimos sete anos, em que esteve refugiado na Embaixada do Equador no Reino Unido, pois ninguém sabia que destino ele teria. Segundo ela, ao decidir retirar o asilo concedido, o presidente equatoriano, Lenín Moreno, optou por entregar Assange aos policiais britânicos como um criminoso ou perseguido comum, para posterior extradição para os Estados Unidos, onde ele poderá "cumprir uma pena mais severa do que deveria".
Para a especialista, é "um desserviço para os direitos humanos e para o direito internacional o que o presidente do Equador fez" ao retirar o asilo de Assange.
"Certamente, ele vai ser injustiçado. O Assange será injustiçado com tudo isso", afirmou. "Nós sabemos que os Estados Unidos, por vezes, não tratam com tanta justiça pessoas que não atuam da forma que melhor convém a eles. Então, a gente não sabe, não pode prever o destino que vai ser dado a ele chegando aos Estados Unidos."