Mais cedo, Assange foi preso na embaixada equatoriana em Londres. A polícia do Reino Unido confirmou que a prisão foi feita "em nome das autoridades dos Estados Unidos". O Equador retirou o asilo que havia concedido anteriormente a Assange.
Autoridades norte-americanas acusam Assange de conspiração para cometer invasões cibernéticas, informou o Departamento de Justiça em comunicado publicado hoje.
A Rússia negou diversas vezes que tenha quaisquer participações de interferência no sistema político dos EUA, dizendo que as alegações foram produzidas como justificativa para a derrota eleitoral da oponente do presidente Donald Trump, assim como para desviar a atenção do público de casos reais de fraude eleitoral e corrupção.
O presidente do Comitê de Inteligência do Senado dos EUA, o republicano Richard Burr, republicano, expressou em um comunicado, também nesta quinta-feira (11) que Assange deve enfrentar a Justiça por trabalhar como parte dos serviços de inteligência russos e conspirar para roubar informações confidenciais.
O senador democrata Bob Menendez, membro do Comitê de Relações Exteriores do Senado, disse que espera que o sistema judiciário americano responsabilize Assange "por seus crimes".
A senadora republicana Lyndsey Graham, o deputado democrata Eliot Engel e vários outros legisladores fizeram comentários similares ao longo do dia.
A acusação de de invasão cibernética pode gerar a Assange uma sentença máxima de cinco anos. No entanto, especialistas e ex-oficiais de inteligência disseram que os Estados Unidos poderiam trazer acusações adicionais contra Assange.
Julian Assange ficou famoso após o WikiLeaks publicar um grande número de arquivos vazados, incluindo alguns se referindo às operações militares dos EUA no Afeganistão e no Iraque, além das condições no campo de detenção de Guantánamo.
Desde 2012, Assange vivia dentro da Embaixada do Equador em Londres como forma de evitar sua extradição para a Suécia, onde enfrenta uma investigação sobre alegações de crimes sexuais.
Assange nega as acusações e as considera politicamente motivadas. A polícia sueca abandonou a investigação em 2017, mas Assange ainda estava receoso de ser extraditado para os Estados Unidos.