A estatal petrolífera brasileira disse na quinta-feira que elevaria de 5,7% nos preços do diesel, a seu nível mais alto desde outubro e eficaz a partir de sexta-feira, mas, em seguida, informou uma reversão em documentos arquivados no início da manhã perante autoridades do mercado de ações.
A mudança abrupta de decisão tomada o espectro da renovada interferência política na empresa, que vendeu combustível em uma perda de anos de pressões políticas, e perdeu seu executivo-chefe em 2018 em um pulso com o governo sobre os preços do diesel.
Bolsonaro ligou na noite desta quinta-feira para o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, para falar sobre o aumento do preço íngreme depois de discutir o assunto com seu chefe de gabinete, Onyx Lorenzoni, de acordo com uma fonte no palácio presidencial. Bolsonaro nomeou Branco no cargo depois de assumir em janeiro.
"O presidente pediu para reduzir o aumento de 5% para 1%", contoua fonte, que pediu para permanecer anônima quanto à sensibilidade do assunto.
A Petrobras informou em documentos apresentados nesta sexta-feira que sua atual posição de hedge permite adiar a revisão de preços por "alguns dias", sem detalhar seus futuros planos de ajuste.
No ano passado, uma greve dos caminhoneiros brasileiros contra os altos preços do diesel paralisou grande parte do país e forçou o governo a intervir na política de preços da Petrobras. O presidente executivo, Pedro Parente, renunciou em protesto e o preço das ações da empresa caiu quase pela metade em um mês.
No mês passado, a Petrobras atualizou sua política de preços diesel, garantindo que eles não seriam ajustados mais de uma vez a cada 15 dias, reafirmando também que nenhum combustível avaliaria abaixo da paridade com os mercados internacionais.