"A China e os outros estão sendo hipócritas ao pedir 'não-intervenção' nos assuntos da Venezuela", disse Pompeo em um discurso em Santiago, no Chile, nesta sexta-feira (12). "Suas próprias intervenções financeiras ajudaram a destruir o país".
"A China é um importante parceiro econômico dos Estados Unidos. O problema, porém, é que quando a China faz negócios em lugares como a América Latina, muitas vezes injeta capital corrosivo na corrente sanguínea econômica, dando vida à corrupção e corroendo a boa governança", afirmou o diplomata.
Pompeo criticou a cooperação russa com a Venezuela e a Nicarágua. Sobre os investimentos russos em treinamento policial em parceria com Caracas e um complexo de satélites no país, afirmou: "para dizer o mínimo, não são bons".
"A Rússia também tem laços de longa data com líderes autoritários em Cuba e na Nicarágua. Ela vende armas e dissemina propaganda nesses lugares", disse Pompeo. "Não devemos defender a Rússia incentivando uma situação já precária dessas maneiras".
No entanto, sem qualquer apoio popular no país, onde 80% da população nunca tinha ouvido falar dele até a autoproclamação, a tentativa de golpe de Guaidó fracassou em meio ao firme apoio popular a Maduro, que foi reeleito em maio passado em eleições auditadas internacionalmente.