Chanceler venezuelano: Washington usa Bogotá para 'espetáculos baratos' contra Caracas

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, foi acusado pelo chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, de usar as tensões na fronteira com a Colômbia para fazer uma manobra publicitária como parte de uma campanha difamatória contra Caracas.
Sputnik

A cidade colombiana de Cúcuta, situada perto da fronteira com Venezuela, foi transformada pelos EUA e Colômbia em um "palco regular para seus espetáculos mais decadentes e baratos", tweetou Arreaza no domingo (14) em resposta à visita de Pompeu à região.

"As consequências do bloqueio criminoso do governo [de Pompeo] contra a Venezuela são incalculáveis. Gerou morte, sofrimento e necessidade", continuou o chanceler no Twitter.

A agitação na fronteira também foi exacerbada pelas tentativas da oposição de levar caminhões cheios de ajuda patrocinada pelos EUA para a Venezuela, cujas entregas foram recusadas por autoridades que classificaram o movimento de "manobra de relações públicas".

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Durante estadia em Cúcuta, Pompeo se encontrou com um grupo de migrantes venezuelanos e mais uma vez pediu a Caracas que aceitasse a "ajuda humanitária" americana. O país bolivariano declarou que somente aceitará ajuda patrocinada pela ONU e por organizações de ajuda humanitária globais como a Cruz Vermelha.

No domingo (14), Pompeu criticou ainda mais Maduro, dizendo que os EUA "continuarão utilizando todos os meios econômicos e políticos à disposição para ajudar o povo venezuelano", mencionando sanções econômicas e revogação de vistos para funcionários venezuelanos para pressionar o governo a sucumbir à oposição.

Washington apoia abertamente o líder da oposição, Juan Guaidó, que se declarou presidente interino da Venezuela no dia 23 de janeiro. Por sua vez, Maduro prometeu continuar defendendo a soberania da nação contra qualquer ataque estrangeiro, recebendo apoio da Rússia, China, Cuba, Bolívia, Irã e Turquia, entre outros países.

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