O Tribunal Distrital de Jerusalém rejeitou um apelo de Omar Shakir para permanecer no país, citando seu apoio contínuo aos boicotes a Israel durante sua estadia no país.
Israel promulgou uma lei em 2017 que impede a entrada de qualquer estrangeiro que "conscientemente emite uma chamada pública para boicotar Israel". A decisão de terça-feira foi a primeira vez que a lei foi aplicada a alguém que já residia no país.
Shakir, um cidadão dos EUA, trabalha como diretor de Israel e Palestina do grupo sediado em Nova York desde outubro de 2016.
O ministro do Interior de Israel ordenou a deportação de Shakir em maio de 2018, chamando-o de "ativista do boicote".
A corte também citou a publicação de Shakir no Twitter em que o diretor da Human Rights Watch apoia a decisão da Airbnd de retirar de sua plataforma anúncios de imóveis em assentamentos israelenses na Cisjordânia.
A Airbnb posteriormente recuou dessa decisão.
A Human Rights Watch disse que nem a organização nem Shakir promovem boicotes a Israel, mas pediu que as empresas parem de operar nos assentamentos da Cisjordânia porque "se beneficiam e contribuem para graves violações do Direito Internacional Humanitário".
Israel capturou a Cisjordânia, junto com Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza, na guerra de 1967 no Oriente Médio. Os palestinos buscam esses territórios para um futuro estado. A maior parte da comunidade internacional considera os assentamentos israelenses na Cisjordânia ilegais sob as leis internacionais.