"Meu discurso nunca foi feito para ser usado em um contexto histórico", e suas outras interpretações servem apenas àqueles que "querem me afastar de meus amigos judeus", escreveu Bolsonaro em comunicado.
A ponderação de Bolsonaro foi compartilhada pelo enviado de Israel ao Brasil, Yossi Shelley, nas mídias sociais.
Shelley declarou que já havia pedido a Bolsonaro para explicar os comentários sobre o Holocausto que ele fez em um evento com líderes evangélicos nesta semana.
A frase do líder brasileiro — "Podemos perdoar, mas não podemos esquecer" a morte de milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial — rapidamente atraiu críticas do presidente de Israel Reuven Rivlin e do Yad Vashem, principal centro memorial do Holocausto. Os comentários de Bolsonaro também foram criticados nas redes sociais.
Um político de direita, Bolsonaro se alinha intimamente com Israel e o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Há duas semanas, ele fez uma viagem de quatro dias ao país, durante a qual visitou o Yad Vashem.
Também foi em Israel que Bolsonaro afirmou que o nazismo seria um movimento de esquerda, alegação amplamente desmentida em seguida no Brasil, no exterior e até por autoridades de Tel Aviv.